sexta-feira, janeiro 22, 2016

Hoje em dia todo mundo (pensa que) é um pouco cervejeiro, chef, gourmet e GP

Ano passado eu postei essa frase no facebook e teve muitas curtidas, comentários e piadas.

Mas, é a mais pura verdade.

Usando essa frase como deixa, começo o meu texto inspirada em algumas "oportunidades" de trampo que ando vendo postadas por ai.

Gerente de Projetos. UAU. O que é que faz um GP mesmo?

Segundo a wikipedia, "Um gerente de projetos é um profissional no campo de gerência de projetos que tem a responsabilidade de planejar e controlar a execução de projetos em diversas áreas de atuação, como a construção civil, arquitetura e desenvolvimento de software, entre outras."

Blablablá whiskas sachê né? Pois é.

Justamente por nem a Wikipedia saber o que faz um gerente de projetos que erroneamente somos submetidos a determinadas situações no mercado de trabalho que fazem com que o tesão de levantar e ir trabalhar vá pelo ralo.

Ah sim, esqueci de dizer, eu sou uma gerente de projetos/producer/scrummaster/product owner. Pode escolher do que quer me chamar. A verdade é que em todos os casos eu faço a mesma coisa.

O que eu faço? Gerencio o Projeto! \o/

Um GP é responsável por todo o gerenciamento do projeto (duh) desde o momento em que ele entra na agência (falando especificamente de projetos de publicidade): orçamento, briefing, de-briefing, levantamento de requisitos, recursos e timming junto as áreas, montar cronograma de acordo com a metodologia do cliente em questão, documento de escopo, alocação de recursos, levantamento de riscos, previsão dos "if's" e manter, obvio, tudo nos trilhos. É coisa pra caralho né? Pois é. Nem sempre temos todas as etapas desse processo por pressa normalmente ou, simplesmente porque algumas pessoas não acham que nossa figura dentro do processo é importante a ponto de sermos chamados para as reuniões onde decisões importantes são tomadas para que possamos seguir com o trabalho de maneira coerente.

Ai, o que costuma acontecer é o famoso TVA: te vira amigo.

Job sem prazo, noites viradas, todo mundo correndo atras do rabo tentando fazer dar certo e tentando desviar das carteiradas dos salários mais altos.

No final de tudo, cliente feliz, meritocracia dos cargos charmosos e o GP? Foi esquecido na ficha.

Mimimi? Talvez.

E, como disse lá no começo, o que me incentivou a escrever esse texto foram algumas vagas para gerente de projetos (e outras nomenclaturas vertentes) que vi postadas por ai.

Os caras pedem para que você seja um x-man: certificação PMP é diferencial mas, se um cara menos experiente tiver e você com toda a experiencia do mundo não tiver, ele ganha sua vaga, formação em administração, tecnologia, marketing, publicidade, MBA, experiencia minima de 5 anos no mercado digital, experiência e conhecimento em ferramentas de BI/Performance, eventualmente saber mexer em código ou fazer wireframes (arquiteto de informação e programador pra que se você pode pagar um ser-humano que faça tudo isso?) alem é claro de fazer a gestão da porra toda que falei acima. Ok gente. Regime PJ, sem beneficio e um salario de merda. Super normal.

E, toca todo mundo se espremer para preencher uma vaga de GP para trabalhar num lugar que por vezes e vezes te sangra a vida profissional, pessoal no regime de trabalho "você que se foda" sendo gerido por pessoas que nem sabem o que você faz pq na opinião deles também não importa muito já que o processo todo vai ser furado por conta de carteirada.

Eu chamo isso de brincar de fazer publicidade e desrespeito.

Você tem que se capacitar pra cacete para poder preencher uma vaga e ter visibilidade e diferencial com outras pessoas que vão concorrer com você para chegar num lugar onde nem sabem seu méritos, diplomas, capacitação, etc etc etc.

Venha a vós e ao vosso reino no seu rabo porque você ainda tem que agradecer por ter um emprego afinal, 2016 ano de crise, o pais indo pro buraco, passagem do busão 3,80 e é isso ai.

Recomendo uma xícara de café para engolir todos os sapos.

*Esse não é um texto de auto-ajuda, daqueles que todo mundo compartilha no facebook com uma frase de efeito. É só um desabafo.

domingo, janeiro 25, 2015

Some Girls Are Bigger Than Others

Foto inspirada para o post
Olá. Meu nome é Ludimila, tenho 33 anos (esse ano já faço 34), tenho 1,58cm de altura e não sei quanto eu peso pq faz um tempinho que eu tive um desafeto com a balança.

Estou acima do meu peso uns 20kg eu acho e, pasmem, não estou neurótica quanto a isso. Mas, claro, procuro manter a alimentação ~saudável~ sempre que possível. Queria estar magra? Oras, isso é obvio. Que mulher que não tem 2kg sempre para perder? A diferença é que no meu caso tem um zero depois do 2 e não é por isso que vou me enfiar em dietas malucas, proteicas, sem carbo, suco verde ou o raio que o parta sabem por que? Porque eu estou bem. E isso não significa que eu estou ~largada~. Pelo contrário, adoro me cuidar.

Venho de uma família ascendente de portugueses, italianos e índios. Ter o quadril de ~parideira~ e tendencia a não ser magra faz parte da minha genética tanto que as mulheres da minha família sempre estiveram ali em DR com a balança.

Estar acima do peso não me impede de colocar um maiô/biquini para ir a piscina, nem de usar legging ou vestido.

Essa semana descobri através de terceiros que uma pessoa, na tentativa de me ofender, me chamou de ~gorda~. Pois é... em pleno 2015 e ela achou que esse seria um argumento contra a minha pessoa. Mas, eu entendo. Uma pessoa que não tem nada e uma alma que não serve nem pro Diabo só pode querer se preocupar com uma coisa, o peso dos outros. Que dó. Esse tipo de podridao nao se conserta com academia e whey protein, muito menos com plastica.

E, um outro caso foi o do cara que traiu a namorada pq ela engordou. Não, pera... CORRIGINDO: eles engordaram juntos. A diferença é que o amor dela não acabou por isso. Ela continuou vendo o homem por quem se apaixonou afinal, ela se apaixonou pela pessoa e não pela barriga. Uma pena que ela não viu a essência podre da pessoa em questão mas, faz parte de errar tentando acertar. Enfim... Isso acontece constantemente: homens covardes que se ~desapaixonam~ quando a garota engorda por alguma razão que vai desde um descontrole hormonal até emocional. Nesse caso a garota está bem melhor agora. BEM MELHOR MESMO. Magra? Não cara, longe desse patife mesmo.
(não vou nem entrar na questão da fulana que se permitiu sair com um cara que, em teoria, tinha um compromisso porque do fundo do coração, tenho um asco profundo de fulanas assim principalmente quando é de maneira covarde)

Temos também o caso dos caras que exigem mulheres ~perfeitas~ sendo que eles não são.

Já vi no trabalho alguns comentários desse gênero. "Ah meu, ela era mó gostosa e engordou". Oi?? Quem é você (que por um acaso tem uma namorada e estava se referindo a outra garota) que, não é um Brad Pitt e tem o cabelo ensebado para falar da nega que engordou?

Ser mulher não é fácil caras.

Estamos em constante mutação que vem desde quando nascemos, menstruamos pela primeira vez, até a ultima vez. Ou seja, cerca de 60/65 anos lutando contra o corpo que insiste em querer nos pregar peças.

Tendencia a engordar, ser magra e ter a cara toda fodida de acne, problema de tireoide, problema de pele, pele sensível, muito pelo, pouco cabelo, unhas pequenas, ou que crescem muito rápido, ondas de calor, ser friorenta, boca pequena, ou grande demais, seios pequenos ou grandes demais, não ter bunda ou ter uma grande demais, celulite, estrias, problemas de carácter ginecológico... Ou seja, estamos em constante guerra com nós mesmas e vocês ai, colocando uma pressão totalmente desnecessária em cima da gente. Homens não fazem IDEIA de um terço disso. Pensem nisso. Quando ofenderem uma mulher pensem em suas mães, tias, primas, irmãs porque vocês não estão ofendendo a mulher em questão. Vocês estão ofendendo todas as mulheres. Digo o mesmo para as garotas que acham que ~gorda~ é argumento. Em casa como é sua vovó? Sua mãe? Elas se orgulhariam de ver você encher a boca para fala esse tipo de coisa?

Descobri que existe no mundo um super gerenciamento de bundas alheias afinal, vc não pode querer cuidar da sua bunda só você. Não não... sempre vai ter alguém pra falar dela. Leia-se, por exemplo, a jornalista de esportes que teve fotos suas de biquíni na praia divulgadas em um portal de fofocas falando que ela estava fora de forma sendo que, a coitada da mulher esta gravida. E mesmo se não tivesse... por favor né? Um colega de trabalho dela fez um texto que eu achei incrível com a seguinte citação "Nada contra as mulheres que extraem notícias de seu próprio corpo, que fazem da gostosura profissão e que se impõem um padrão de beleza que, aos meus olhos, não é padrão nem beleza."

Então eu vou me preocupar em ser feliz (e fora de qualquer padrão, como sempre) enquanto você se preocupa com a minha bunda fechado? =)


quarta-feira, dezembro 31, 2014

Resoluções de Ano Novo.

Eu tenho um app no celular chamado "Timehop". Ele trás algumas postagens feitas anos atras puxando o feed de algumas redes sociais.

Hoje especificamente ele trouxe fotos das ultimas 4 festas de ano novo.

Muita coisa mudou desde então. MUITA MESMO.

Não tenho resoluções ou promessas de ano novo. Nada disso. Eu creio que o futuro é construído conforme e como o caminho vai sendo percorrido. Anseios temos todo ano, o ano inteiro basta ir atrás do que se quer sem que pra isso você prejudique alguém.

Um dia no elevador do trabalho rolou aquela convenção social meio awkward "bom dia, tudo bem com você?" e eu respondi "estou ótima!". A surpresa meio que impactou a todos no elevador mas o fato é que, eu tô ótima mesmo. Eu tenho amigos bacanas, uma casa legal, um trabalho que eu gosto... Acho que só seria incrivel mesmo se eu tivesse uma fonte inesgotavel de grana e saúde mas né? Não tenho...rs... Fora isso, mesmo que em alguns momentos eu esteja de saco cheio o que é perfeitamente normal, eu não posso reclamar não.

Achei que, pessoalmente, 2014 foi um ano um tanto quanto inerte apesar de ter feito coisas bem legais tipo, ter conhecido mais um país da Europa e todas as coisas legais que fiz por la. Foi um ano também de descobertas profissionais e exercícios diferentes dos que eu vinha fazendo nos anos anteriores. Doei meus cabelos, doei meu tempo, descobri pessoas, pratiquei ser mais tranquila e desencanada de coisas que cara, nem precisam.

No geral, sei que foi um ano denso/tenso.

Muitas tragédias, muita coisa ruim escancarada na nossa cara e a gente impotente sem poder fazer nada.

Acho então que fica de lição né.

Pra todo mundo, um ótimo 2015. Não só "feliz ano novo", não não. Um ótimo 2015 inteiro mesmo, pra tudo.

E, como sempre, uma musiquinha goshtosa para curtir esse dia lindo direto nos anos 90, que tinha tantas aspirações futuristas, para você curtir nesse ultimo dia de 2014

Tomorrow never knows

quinta-feira, abril 10, 2014

Rapunzel Solidária. Eu participei.

Mudando totalmente o tema dos textos que costumo publicar no meu blog, hoje eu vou relatar uma experiencia.

Sigo no Facebook uma marca de shampoo chamada Utopia  que é de um salão chamado Bardot e vi um post que, dia 08-04 Dia Mundia do combate ao Cancêr, aconteceria uma ação iniciativa em parceria com uma ong chamada Rapunzel Solidaria.

Ficou bom? =D
Era "simples": ir lá e doar no minimo 17cm do seu cabelo para fazer peruquinhas para crianças e de quebra, ganhar um corte de cabelo.

Senti muita vontade de doar minhas madeixas e entrei em conflito interno: corto meu cabelo que já é um fuá por natureza para ele ficar um grande fuá? E fiquei entre a estética e a vontade de ajudar. Durante duas semanas pensando e pensando.

No dia da ação, decidi. Vou doar e foda-se. Meu cabelo cresce.

Liguei. Marquei. Fugi um pouquinho do trabalho e fui.

Quando o cabelereiro mediu os 17cm do meu cabelo ele perguntou "Tudo bem cortar aqui?" e eu fechei os olhos e disse "não quero ver, vim para doar".

E ai depois ele fez um corte. Btw, Se algum dia visitarem o Bardot, recomendo o Franco fortemente. Meu cabelo ficou incrivel.

Fiquei um pouco em choque porque ficou MUITO curto mas, a todo momento me dizia "bicho, seu cabelo cresce e foi por uma ótima causa".

Confesso, dei uma choradinha tb quando voltei para o trabalho. Foi como se tivessem cortado um pouco da minha força junto com o cabelo como na lenda de Sansão mas, ai eu pensei, porra... que essa força então vá para a menininha que vai usar um pedacinho de mim e que junto com as minhas madeixas vá um pouco de carinho e rock´n´roll.

Depois, passou.

E se eu tivesse mais cabelo eu daria mais.

Então, se você tem um cabelón bicho, 17cm não é nada.

Pense um pouquinho, ajude um montão. Olha que fácil:

Musica tema do post:

domingo, dezembro 15, 2013

Manifesto a 2013

E, hoje eu vou fazer outra coisa que eu (acho que) faço bem: escrever.

Ano passado eu chamei um texto desse gênero de "Carta aberta a 2012" pq eu achei engraçado estar em alta esse lance de "carta aberta" então hoje eu vou escrever um "Manifesto" para 2013.

Porra, que ano! Ano passado eu disse que esse ano ia ser foda e foi. Puta merda.

weeheeee \o/ 
Quando eu escrevi aquele texto, estava retomando as rédeas da vida. Esse ano muita coisa mudou (graças a Deus!!), descobri coisas que me magoaram mas, foram essenciais para uma coisa muito importante: a redescoberta da pessoa Ludimyla.

Sim, essa pessoinha de cabeça dura e personalidade que bunda-amoleceu por questões x, que foi contra seus princípios, que se magoou e descobriu que não valeu a pena. Quer dizer, valeu sim, valeu pra ver que não valeu a pena e onde não cagar de novo.

Percebi que eu não tinha mais as correntes para realizar os meus sonhos. Correntes que eu mesma me coloquei.

Fiz tanta coisa foda que é difícil listar tudo…

Vou tentar: Saltei de paraquedas (hello, 2014 teremos uma futura paraquedista), realizei um sonho e finalmente conheci Londres e me apaixonei (hello, 2015 bye bye Brasil), fiz todas as festas que eu quis no meu apartamento, me dei rosas quantas vezes eu quis e descobri que meu apê com rosas tem uma vibe mega legal, fiz trabalho voluntário e quero fazer de novo quantas vezes puder, cozinhei pra caramba, fiz experimentos gastronomicos deliciosos e arrisquei experimentar fazer drinks, troquei de trabalho e por isso conheci gente nova e fiz amigos deliciosos, me levei pra jantar e para beber e dançar, me maquiei mais, ouvi mais musica, li mais, me tatuei (BEM) mais, fiz 32 anos e WOW me sinto com 25 e dizem que pareço ter 25 (bjs genética! obrigada vovó), reencontrei amigos que não via há tempos, casei minha melhor amiga, parei com aquele negocio idiota de "vamos marcar" e nunca ir ou nunca marcar. Fui nos shows que quis (menos do que o normal mas, priorizei o que eu tava afim de verdade), fiz cursos de coisas malucas mas, que eu era mega afim de fazer...

Enfim…

Pode parecer um pouco arrogante ou egoísta mas, de fato 2013 foi o ano Ludimyla. E eu nem sei porque eu me desculpo afinal, não tem nada de mal em querer o próprio bem sem que pra isso você tenha que pisar no próximo. Não, não. Da para querer o proprio bem e querer bem todo mundo. ;)

Resolvi ser sincera sempre, não ficar questionando coisas da minha cabeça e pirar sozinha sem verbalizar, aceitei que os riscos estão ai e que a qualquer momento acaba tudo então, pra que se prender? Se acorrentar?

Aquela sensação de "quero ir! então vamo!" é MUITO BOA. De verdade. E vicia.

E, priorizei o que importava de verdade. Mesmo.

2014 tá ai com um potencial fodido e fecho 2013 com uma puta good vibe que é o que importa.

Tá ai meu manifesto. "Feliz Ano Novo!"

Post escrito ao som de madame Nina e que também pode ser considerada a música de 2013:


terça-feira, dezembro 03, 2013

Lollapalooza e o Nine Inch Nails

Eu gostei dessa ilustração =P 
Vamos tirar a teia de aranha do blog fazendo o que eu faço de melhor: reclamar.

Bom, que eu sou fã do NIN faz muito tempo (muito mesmo!) isso não é segredo e por anos e anos estive ansiosa por vê-los novamente.

Em 2005 no Claro que é Rock, tive que engolir quadrado 50 min de show por que aquela coisa medonha do Sonic Youth ficou lá fazendo o barulho que eles chamam de musica atrasando a apresentação do NIN que, por sua vez, teve que encurtar o show por que a bichona (sem mimimi de adjetivo pejorativo vai) do Iggy Pop não quis atrasar a sua "performance".

Ai, anunciaram um show só do NIN no Via Funchal.

Se bobear fui uma das 10 primeiras pessoas a comprar o ingresso que, infelizmente devemos ter sido só 10 pessoas a comprar o ingresso que na época custou 80 reais. E com muita dor no coração, fiz o reembolso de devolução do ingresso do show que não teve por FALTA DE PUBLICO.

Ok, os anos passam, o NIN fica "no limbo" (não pra mim, óbvio) e ai o Trent Reznor ressurge das cinzas fazendo a premiada trilha sonora do filme A Rede Social o que trás ele de volta aos holofotes e as pessoas começam a perguntar "Quem é esse cara?" e aos poucos, com a facilidade da internê descobrem que, tadá, ele é o vocalista do NIN e ai todo mundo passa a ouvir NIN. E ser fã do NIN. E nossa, olha, a mulher dele tb tem uma banda que ele produz tudo e blablabla ZzZzZzZzZzZz...

Ai você pergunta pra essa creyçada toda que deve ter na mesma playlist o Foo Figthers que foi a bandinha "in" de 2012 (assim como tivemos o Black Sabbath esse ano) com a caceta do NIN e mais uma lista de bandinhas da moda: "oh puxa, você gosta de Industrial??" Óbvio que, não sabem do que se trata e nem quais são as outras bandas dessa vertente que estariam na mesma playlist. Não vou citá-las aqui. Não não...

Oras, usem o google! Não é assim que funciona agora?

"Na minha época" (SIM minha época, deliciosa, sem precisar provar nada pra ninguem e sem encheção de saco e sem interwebs), fiquei dias e dias grudada na MTV (quando ainda era MUSIC Television) para gravar o clipe da A Perfect Drug que era como eu iria com o "Meu primeiro Gradiente", gravar a musica num k7 pra eu poder ouvir no meu quarto.

Enfim... eis que surge em 2014 a oportunidade de vê-los de novo. Quase 10 anos depois da unica apresentação que tive a oportunidade de ver que, já foi quase 10 anos depois de ter ouvido uma musica deles pela primeira vez. São quase 20 anos de "fãnatismo"... <3 p="">
E ai que, contra os 80 reais que eu ia pagar naquele show que não teve, em 2014 vou pagar (sim, já esta comprado) R$290 dinheiros brasileiros para dividir a minha banda do coração com um bando de gentinha.

E ai, que eu vou ter que dividir o MEU NIN com os lollapalosers e suas camisas xadrez e all star, pintados com o batom vermelho matte e os shortinhos de jeans lavados, com suas blusinhas cropped e suas botinhas imitações de uma doc marteen's.

Corram para baixar as discografias e decorar as letras ou ao menos aquele conhecimento minimo pra fingir que conhecem e que sabem quem é o Trent Reznor e o que é o NIN. Corram para comprar as camisetas da banda e "customizar" cortando as manguinhas para usar com shortinhos assim como tivemos o frisson do Black Sabbath que, até o Robert Downey Jr usar aquela maldita camiseta no Homem de Ferro, era só mais uma banda dos metalêro tru da Galeria do Rock.

Corram...vai... vai...

(agora divagando)

Ai que preguiça de vocês gente, é sério... "Gente". Tai o problema, eu tenho preguiça de gente.

O NIN podia tocar só para mim e meus amigos que eu sei que gostam de verdade e sabem quem são? Um bando de góticos velhos (como eu) que vão lá sofrer tb obrigados a engolir quadrado os lollapalosers.

Fué.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Realizando um sonho - Londres.

Comecei um diário de viagem que acabei deixando de escrever no meio do caminho porque troquei lápis e caderno pelo Facebook. Comecei ele no, que depois se tornou, meu restaurante favorito de Kingston, o Jamie´s Italian do chef inglês Jamie Oliver.

Foi tão legal ver os amigos curiosos para saber das experiências e fazendo perguntas. Adorei a experiência não só da viagem é claro, que foi incrível, mas tb de relatar tudo.

Resolvi fazer essa viagem como realização de um sonho que, por um tempo foi distante e depois, de uma hora para a outra ficou tão perto. Tão perto que, depois de voltar senti que faltaram lugares para ir e agora, ansiosa para ir de novo e ver tudo o que não vi. Visitar mais, beber mais, comer mais…

Nessa viagem eu sabia que teria que praticar o desprendimento social e fazer tudo sozinha coisa que particularmente eu não gosto. Mas, para minha surpresa, foi incrível! Fiz tudo sozinha: comi sozinha, andei sozinha, me perdi sozinha, me achei sozinha, descobri um monte de coisa nova sozinha, sai sozinha, dancei sozinha, headbangueei sozinha, bebi sozinha e, fazendo tudo isso sozinha descobri que eu sou uma ótima companhia pra mim mesma. Tive a oportunidade de me conhecer bastante também e de conhecer pessoas novas. Não teve um só lugar que eu não tenha conhecido pessoas novas. E, ao contrário do que dizem, os ingleses são super simpáticos e atenciosos.

Foram 10 dias mágicos que a todo momento eu olhava em volta sem acreditar que eu estava do outro lado do mundo.

Obrigada a todos que me deram apoio para que isso acontecesse e que se empolgaram comigo de tal maneira que, mesmo sozinha eu não me sentia sozinha.

Agora, cidadã do mundo, ninguém e nada me segura.

Sei que foi tardia a postagem desse texto, um mês de atraso mas, tá ai.

Ano que vem teremos mais. MUITO mais.

Trilha sonora da minha viagem. 



segunda-feira, dezembro 31, 2012

Carta aberta a 2012

[Tirando as teias de aranha do meu blog]

Na verdade não tem nada de carta aberta mas, achei engraçado esse titulo.

Já fazia um bom tempo que eu não fazia retrospectivas e na verdade acho que nem quero voltar tanto tempo assim. Na verdade o que eu quero é olhar para frente.

Pensei em escrever, desencanei... Pensei de novo, comecei... Apaguei. Então, entendam como uma pequena reflexão.

Parece que nos anos que se passaram, eu vivi uma vida em metástase. Quase que no sentido literal da palavra e nos últimos dois meses, me senti viva de verdade. De novo. Em metamorfose. Em transformação, evolução. Liberdade.

Hoje, com 31 anos, vejo que eu tenho muita coisa para fazer. É tanta coisa que eu quero fazer...

E, antes de mais nada, um agradecimento a todos meus amigos. E áqueles que se tornaram meus amigos. No final das contas, é o que é tesouro para o resto da vida, os amigos. Todos os momentos em que eu precisei chorar, amaldiçoar, rir, beber… Não teve um só momento em que eu não pudesse contar com alguém para isso. Obrigada.

Minha familia, porra... Cada um, a sua maneira, me apoiou de maneira fantástica quando precisei.

Esse foi um ano de aprendizado. Mais aprendizado que conquistas. Foi um ano que eu, sinceramente, levei na barrinha amarela de energia. De verdade. Não recomendo.

Desejos e anseios todo mundo tem, e eu não vou passar por cima de ninguém para conquistar os meus. Tenho também é claro. Muitos inclusive. Quero e vou seguir a estrada do amanhã, das coisas boas. Quem quiser acompanhar, será bem-vindo.

2013 será o ano Löodimyla.
Assim como tivemos o ano do Dragão, esse será o ano Löodimyla. E será apenas o começo.

Pode parecer um pouco (ou muito) egoísta, mas é o que é. É o que eu quero, preciso e sinto.

Eu quero mais. Eu mereço mais. E, quero dividir esse mais com todos vocês. As conquistas, as vitórias, as coisas boas.

O que é ruim, a gente joga fora tal como roupa velha.

Desejo esse anseio por coisas boas para todos vocês em 2013. Se deixar de desejar, o mundo pára. A vida pára. A metástase acontece.

Não viva em metástase, sempre em metamorfose.

Feliz 2013! E good vibes sempre! ;)

Escrito ao som de Wife - Shards



domingo, julho 19, 2009

Prefiro viver como Carmen do que morrer como Callas

Depois de ter dormido as 4h30 da manhã, acordei as 9h30 com a certeza de que se eu tentasse dormir de novo não iria conseguir. Então resolvi ligar a tv.

Rodando os canais, me deparei com um documentário sobre Maria Callas na GNT. E por curiosidade assisti. Estava na parte em que ela era amante de Onassis, que era amante de mais um monte de mulheres mas, nessa passagem em especial estava mostrando que na verdade ele estava se separando da então esposa pois, havia sido traido fazendo parecer um absurdo mesmo já tendo um romance com Callas há um ano.

E ai, resumindo bem toda a trajetória de Callas e Onassis, qdo ela foi envelhecendo, ele a deixou e casou sem a menor cerimônia, com a famosa Jackie O, que colecionou dois sobrenomes de peso e morreu com muita classe sendo citada até hj como uma das mulheres mais elegantes da história.

Conforme fui assistindo esse documentário, mostrou que Callas largou mão da própria carreira para viver com Onassis (lembrando, que depois a largou como se fosse um par de chinelos velhos e casou com Jacqueline Kennedy), se submetendo a humilhações nos mais variados tabloides pq simplesmente o cara vivia sua vida de milionário não dando o menor valor para mulher nenhuma mostrando isso desfilando vez ou outra com outras mulheres.

Casou com Callas? Não. Mas segundo Maitê Proença (que estava narrando esse documentário), ela se enchia de alegria todas as vezes que Onassis chegava na Europa para ficar com ela ou levá-la a Grécia para uma temporada em seu navio cheio de celebridades até o dia que ele simplesmente não a convidou mais e levou sua (depois) futura esposa Jackie Kennedy.

Então, ela resolveu viver sua vida, cantar óperas e vida que segue.

Porém, das imagens que vi nesse documentário, dava para ver a solidão e tristeza em todas elas até o dia que, óbvio, ela tentou se matar.

Enfim, ela até tentou dar a volta por cima na carreira mas, a vida dela inteira que girou em torno de Onassis, acabou por ficar sem sentido quando ela se descobriu sozinha.

Ou seja, uma cantora de ópera fenomenal que de dedicou a viver por um amor, praticamente finalizando sua carreira com um uma interpretação de Medeia em um filme que foi um verdadeiro fracasso. Talvez até por retratar históricamente a vida dela mesma.

Callas se guardou por um homem que nunca a valorizou e depois a deixou, mentindo para si mesma achando que ele seria o grande amor de sua vida, perdendo sua alma e sua essência de mulher com um incrível potencial.

Morreu em 77 como a rainha do melodrama, sozinha.

E o mais triste, é saber que até hoje, 30 anos depois, ainda tem muitas mulheres que vivem da mesma forma, em função de um homem só (e não é de fidelidade que estou falando), se submetendo a humilhações, fechando os olhos diante disso somente para não perder o "amado" perdendo o respeito próprio.

Em uma entrevista, Callas citou a personagem Carmen dizendo que ela tratava os homens como os homens tratavam as mulheres e qdo o reporter perguntou como, ela não respondeu mas deixou claro que ela não faria isso.

Hoje vejo que prefiro viver como Carmen do que morrer como Callas.